Ser professor é um prazer e um desafio extremo, ainda mais hoje em dia onde muitas verdades simplesmente sumiram da noite para o dia e parece que tudo virou de cabeça para baixo! Mas calma, não é bem assim. Aspectos fundamentais nunca serão substituídos. Seu conhecimento, a necessidade da gestão do aprendizado dos alunos, processos avaliativos e a construção de uma relação positiva na aula resultando num ambiente propício para o aprendizado.
No novo cenário, as tecnologias serão suas ferramentas de trabalho e, por esse motivo, o ideal é planejar o seu percurso de aprendizado de forma que você construa o seu ambiente tecnológico adaptável a qualquer proposta pedagógica e infraestrutura.
Sendo assim, vou apresentar quais pontos você professor poderia dedicar seus aprendizados em tecnologias educacionais e vou estruturar em temáticas para facilitar o seu acompanhamento de evolução. Mas antes gostaria de deixar a reflexão inicial de que menos é mais! Dessa forma você não precisa conhecer todas as ferramentas instantaneamente, mas ter um conjunto inicial mínimo que atenda suas demandas.
Em primeiro lugar, busque conhecer sobre LMS, os sistemas de gerenciamento de aprendizagem como o projeto escolar da Apple, o Google Classroom, Moodle, entre outros. Essas são ferramentas que irão permitir a troca de materiais e atividades entre você e os alunos. Busque compreender como organizar materiais e postagens de forma que sua sequência didática fique clara para o aluno e para as famílias também. Além disso, explore o máximo do sistema, procurando iniciar com atividades as quais você tem total domínio e forneça retorno a todos os alunos, pois só assim eles irão valorizar as atividades enviadas, quando perceberem que você professor realmente as avalia.
Como segundo eixo, devido ao cenário atual, dedique um tempo às ferramentas de vídeo chamada, tais como Zoom, Skype, Google Meet, Facetime, entre outras. Essas são ferramentas cujo foco é enviar áudio e imagem entre você e seus alunos. Explore o máximo possível dos recursos e não fique apenas em uma, pois eventualmente ocorrem mudanças tanto nas ferramentas quanto nas escolhas da instituição, e é sempre bom estar preparado.
Como terceiro eixo, temos as ferramentas de mediação de aprendizado. Aqui a lista é grande, mas recomendo começar com as ferramentas de lousas interativas como a whiteboard da microsoft, o Jamboard da Google e o aplicativo DOCERI. Todas elas trazem suas particularidades e limitações. Depois das lousas interativas seria interessante explorar murais colaborativos, a exemplo do Padlet e, dependendo do dispositivo que você tem acesso, ferramentas de realidade aumentada. Infelizmente no momento não recomendo a realidade virtual, pois seria melhor aproveitada na modalidade presencial devido à infraestrutura necessária.
Fechando o processo, seria o momento de explorar ferramentas de avaliação. Nesse caso, dependendo da proposta da avaliação, cabe explorar o Socrative, Google Forms e Mentimeter, todas são ferramentas com grande utilização por professores no mundo todo.
Após este percurso uma última recomendação, mas não menos importante, seria explorar ferramentas integradoras, que trazem todos os eixos juntos, exceto a ferramenta de vídeo chamada, pois essa será sempre necessária. Como exemplo destaco o NEARPOD, que traz uma lógica de slides muito amigável, além de recursos como ferramentas de avaliação em tempo real diversificadas como jogos que você pode criar, além dos clássicos quiz, e uma biblioteca rica de conteúdos e alguns até em português.
Construindo seu plano de formação pessoal passando por estes pontos, você terá um leque de ferramentas diversificado o suficiente para manter o engajamento dos alunos agora e em qualquer cenário futuro.
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